Esse é um tema que amo falar, pois é algo do meu dia a dia. Acredito que todos temos um propósito e que melhor que saber fazer as coisas, é ter a habilidade em ensinar o que você sabe às outras pessoas. Podemos assim, levar ideias e valores para as comunidades, ensinando como as pessoas podem viver em melhores condições, com sustentabilidade, conforto e segurança.
Nós, arquitetos, quando olhamos um espaço, já imaginamos como seria reformá-lo para trazer mais aconchego, acessibilidade e bem-estar aos moradores. Podemos com pequenas mudanças, transformar ambientes e a vida das pessoas que moram ou utilizam esses espaços.
A arquitetura social está voltada na construção de residências para pessoas com baixa renda, integrando a vida das pessoas com a forma de morar. Ajudar as pessoas a ter um lar contribui na auto-estima e melhora a qualidade de vida.
Um bom projeto de arquitetura pode transformar o estado das pessoas, a utilização de cores nas paredes, sons e cheiros formam uma experiência sensorial do espaço. E, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ambiente em que o ser humano habita tem importância em como o afeta psicologicamente e fisicamente.
Em um projeto social, o arquiteto deixa de lado somente a estética e passa a priorizar a utilização de materiais e seus usos.
Falando na prática: e se juntarmos essa criatividade dos arquitetos para reciclar itens de obras que não serão mais utilizados, que iriam para caçamba, em obras sociais? E se ao invés de quebrar tudo pra colocar tudo novo pudéssemos, de uma maneira sustentável, dar novas funções a objetos e mobiliários?
Acredito que qualquer movimento para melhorar a moradia ou o espaço de trabalho das pessoas pode, automaticamente, alterar o estado emocional e assim transformar a vida dessa pessoa.
Pati Cillo (@paticillo_arquitetura)
Expert em tendências globais de arquitetura, sustentabilidade, design e tecnologia, acumula duas décadas de experiências em obras residenciais, comerciais e corporativas.