Quando pensamos em quarto de hóspedes, o primeiro passo é fazer a nossa lição de casa de parar e pensar sobre o perfil de quem costumamos receber. Claro que isso pode ter uma variação, mas de forma geral, as pessoas sabem com que frequência recebem e que tipo de hóspedes eles são. Por exemplo, uma família pode ter pais que moram no interior e que se hospedam por um final de semana todo mês. Tem ainda o caso de os moradores receberem hóspedes muito esporadicamente, como apenas duas vezes no ano, porém costumam permanece um período maior. Também há o caso de receber visitas todo fim de semana, ou seja, a família ter amigos que vêm sempre e, por isso, a casa fica sempre cheia. Enfim, temos que fazer a lição de casa de pensar em que tipo de hóspede recebemos, para então podermos pensar no tipo de quarto que vamos oferecer.

Para definir isso, entra também a disponibilidade de espaço. Então, é necessário se perguntar se existe um espaço disponível para ter um ambiente absolutamente dedicado aos hóspedes dentro daquela casa ou não. É preciso criar uma versatilidade para algum lugar da casa? Algum espaço precisa ser transformado em quarto de hóspedes? Essas são algumas perguntas que precisamos nos fazer.

Quando falamos em aproveitamento de espaço, sempre vem à tona a palavra versatilidade. Hoje, nós conseguimos muitos recursos para pensarmos nesse local de hóspedes. Podemos transformar o closet, uma sala de tv, um escritório ou o quarto dos filhos.

Temos que refletir sobre as possibilidades do mobiliário, na versatilidade de fechamentos e paredes que podem hora estar abertas, hora fechadas. Acredito que essa é a palavra: abusarmos da criatividade, da tecnologia e dos materiais diferentes que temos disponíveis para justamente termos um aproveitamento bacana da área. Então, é interessante usufruir desses recursos para que realmente possamos receber bem.

O que podemos concluir desse tema, que também vem se refletindo durante essas semanas, diz sobre o uso da casa em si. É necessário fazermos uma reflexão das necessidades de uso que temos na moradia e trabalhar as soluções para uma necessidade real, ou seja, do que faz sentido para nós na nossa casa ao invés de ficar preso a paradigmas, soluções anteriores ou situações que funcionam, muitas vezes, para um amigo ou parente. Por semanas viemos falando sobre aquilo que traz conforto para nós, donos daquela casa e do que ela precisa traduzir exclusivamente para nós moradores.

Cristiane Schiavoni (@cristianeschiavoni)

Arquiteta pela FAUUSP, toca há duas décadas seu escritório com projetos de arquitetura, interiores e reformas marcados pela ousadia no uso de materiais e acabamentos inovadores e versáteis.

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