Quando falamos em renovar os ambientes, por muitas vezes, o teto passou desapercebido, já que a maioria das pessoas, em geral, se concentra mais na mudança ou pintura das paredes. Mas pintar o teto acabou virando moda e passou a ganhar novas cores e, consequentemente, ser destacado no projeto. No entanto, não basta colori-lo, pois é preciso cuidado para não comprimir o espaço. Se todas as paredes forem pintadas de branco, por exemplo, e somente o teto receber um tom mais escuro, a tendência é aproximá-lo da gente e fazer com que o pé-direito pareça mais baixo.

De forma geral, quando você cobre o teto, principalmente de cores escuras e mais fortes, há a sensação de que ele é mais baixo. Ou seja, acaba achatando o espaço. Eu não sou a favor de chamar atenção do teto porque ele se encontra acima do nosso ponto de vista – até 1,60, 170 m altura do olhar do observador. Para olhar para cima, devemos ter um ambiente muito grande, caso contrário ele será mal usado, já que o ambiente parecerá mais baixo. A não ser que a casa ou o apartamento sejam gigantescos, aí sim acredito que valha a pena ousar e colorir o teto de uma cor diferente. Isso é muito comum em salas integradas e bem amplas, por exemplo, ou até mesmo nos imóveis mais antigos, em que a altura do pé-direito é bastante generosa.

No meu ponto de vista, pintar o teto do lavabo pode ser uma boa ideia, pois se trata de um ambiente mais solto, que possibilita maior ousadia e inovação. Também vale colorir os quartos infantis, brincar com uma iluminação diferente ou algo nesse caminho. Mas sempre vale tomar cuidado para não achatar o espaço e torná-lo mais comprimido. Portanto, atenção na hora de se deixar por uma tendência.

Marina Carvalho (@marina.carvalho.arquiteta)

Arquiteta e designer de interiores com MBA pela FGV, atuou no Studio Arthur Casas. Toca escritório com seu nome.

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