Assim como o degradê, o ombré vem ganhando espaço na pintura de casas e apartamentos. Mas a maioria das pessoas ainda não sabe a diferença entre as duas técnicas ou ainda não ouviram falar sobre elas. Ambas são palavras de origem francesa: enquanto degradê significa gradiente de cor, ombré quer dizer sombreado. Apesar de serem bem parecidas, pelo menos à primeira vista, há diferença na transição de um tom para o outro. Além disso, ambas são simples de aplicar, mas é necessário ter um pouco mais de intimidade com pinceis, rolos e acessórios do mundo da pintura. Também é certo o destaque que as duas técnicas levam para os ambientes, deixando-os personalizados e exclusivos.

No ombré, a mudança de uma cor para a outra é feita de forma bem sutil e quase imperceptível na delimitação da tonalidade escura para a media, até chegar na nuance mais clara. Por apresentar essa suavidade, é excelente para ambientes onde os moradores almejam relaxar. Portanto, quartos de adultos, crianças, bebês ou salas de estar são bem propícios para usar esse método. Para quem pretende levar o ombré para a parede da casa, uma dica é pintá-la toda de branco antes, removendo o tom antigo e só depois cobrir com a cor preferida. Basta pintar e usar as diferentes cores no mesmo pincel, que acabam se misturando naturalmente, sem que uma fique sobre a outra.

O degradê tem uma transição mais marcada, onde podemos observar claramente quando um tom começa e o outro termina. Dependendo das cores adotadas, o resultado é um ambiente mais leve, cheio de vida e despojado. O mais recomendável é usar uma tonalidade base (exemplo: azul, verde ou rosa) e ir alternado aos poucos. Mas, antes de começar é importante definir a direção em que as cores irão se distribuir, pois isso pode influenciar diretamente no resultado. Esse tipo de pintura pode estar em qualquer ambiente, contudo, por ser uma técnica que traz muita informação visual, o ideal é pintar apenas uma parede por cômodo.

Para quem deseja inovar na decoração e dar personalidade para os ambientes, essas duas técnicas são ótimas alternativas, basta deixar a inspiração fluir. Se a parede receber luz natural, ainda é possível cria um efeito de pôr do sol, valorizando ainda mais a pintura.

Marina Carvalho (@marina.carvalho.arquiteta)

Arquiteta e designer de interiores com MBA pela FGV, atuou no Studio Arthur Casas. Toca escritório com seu nome.

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