ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quinta-feira, 13, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando os dados de faturamento do setor. Como ocorre em todo último trimestre, a projeção de faturamento deflacionado feita no início do ano pela FGV é revisada, neste caso passando a apontar uma queda de 2,2% quando comparado a 2021. Para baixar o Índice, basta acessar o site.
O estudo indica que em setembro de 2022, o faturamento deflacionado das indústrias de materiais de construção registrou queda de 0,7% em comparação com agosto. O recuo também foi sentido na comparação com setembro de 2021, com queda de 3,9%, o que configura a menor diferença interanual desde que a comparação passou a ser negativa em setembro de 2021. Com esse resultado, o faturamento da indústria de materiais fica 7,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2021.
“Tradicionalmente, a FGV faz uma revisão das projeções anuais no último trimestre, quando já se dispõe de mais informações sobre a dinâmica corrente do mercado. A revisão atual indicou um faturamento deflacionado de menos 2,2% quando comparado com o ano anterior. Apesar da diferença do faturamento entre 2022 e 2021 seguir reduzindo, são vários os fatores que contribuíram para esta revisão para baixo. Primeiro, a combinação de inflação alta, chegando a 7,17% em 12 meses (embora nos últimos meses tenhamos tido deflação) e taxa de juros também alta impactaram de forma expressiva o consumo das famílias, o que está se refletindo diretamente sobre as vendas no varejo. Outro fator foi a formação de estoques mais elevados, como uma maneira de proteção à falta de alguns produtos/insumos e aumentos de preços, consequência de externalidades ocorridas sobre as cadeias produtivas no Brasil e no mundo. Por outro lado, a pretensão de investimentos continua em níveis iguais ou maiores que aqueles pré‑pandemia, indicando que esperamos um 2023 positivo, enquanto aguardamos os números finais de 2022.”