Proposta elaborada pelo LabEEE/UFSC permite avaliações para a obtenção de todos os níveis de desempenho térmico. Fotos: divulgação

A norma NBR 15575 foi revisada e ganhou um novo método proposto pelo LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Construção do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina), sob a coordenação do professor Roberto Lamberts. Segundo ele, as mudanças deverão orientar as avalições para que os edifícios possam ser construídos com níveis ainda mais avançados de desempenho térmico. Com os avanços propostos desde que a norma foi criada, em 2013, e agora com a sua revisão, a utilização de sistemas que proporcionam um melhor desempenho para as fachadas, como o StoTherm da Sto Brasil, deverá crescer.

Segundo William Medeiros, gerente de marketing e comercial da Sto Brasil, apesar desta atualização da NBR 15575, não houve uma melhora considerável no critério de desempenho. “A norma estabelece padrões muito baixos para uma habitação atingir temperaturas internas perto da zona de conforto estatística (entre 18oC e 24oC )”, afirma. “Agradecemos o empenho dos envolvidos, valorizamos o tempo e as ideias estabelecidas, mas é necessário também considerar os imóveis já ocupados e que não oferecem nem mesmo os níveis mínimos de conforto”, completa William, destacando que hoje há no mercado alternativas para trazer economia de energia e conforto térmico verdadeiro, em qualquer época do ano e que poderiam ser contemplados nesta alteração.

Como exemplo, ele cita apartamentos construídos no Acre que apresentam problemas sérios de condensação no interior devido à inércia térmica das paredes maciças de concreto. “A Caixa Econômica tem evidências nacionais de reclamações de condensação, algumas causadas pelo próprio usuário. Mas existem aquelas que resultam da retenção de calor do concreto ao longo do dia, lutando contra o ar condicionado internamente, que geram ‘goteiras’ do próprio ar condicionado”, explica.

Segundo o novo método proposto, a avaliação do desempenho térmico passará a ser realizada por meio de dois procedimentos: o simplificado (Parte 4 – Requisitos para os sistemas de vedações internas e externas – SVVIE e Parte 5 – Requisitos para os sistemas de coberturas) ou de simulação computacional (Parte 1 – Requisitos Gerais), que permite avaliações para a obtenção de todos os níveis de desempenho (mínimo, intermediário e superior).

Com a crise energética e hídrica aumenta a preocupação e a demanda por edifícios sustentáveis e mais eficientes. “O clima ameno do país, o baixo poder aquisitivo e a falta de qualificação técnica da mão-de-obra fazem com que a população, de maneira geral, aposte mais nos métodos tradicionais. Apenas 20% das casas têm ar-condicionado. O conforto térmico não é uma necessidade, como nos países da Europa e norte da América”, lembra o professor Lamberts.

Agora, diante da necessidade de um melhor planejamento energético e da criação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL Edifica será possível fazer o monitoramento e atendimento com qualidade do processo de Etiquetagem de Edificações, classificando sua eficiência da mesma maneira como hoje é feito com os eletrodomésticos. O objetivo é incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente. Somente o consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45%. Estima-se um potencial de redução de 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética.

Em 2017 o PROCEL Edifica e o Centro Brasileiro de Eficiência Energética em Edificações (CB3E) lançaram uma nova proposta de método para a avaliação do desempenho energético das edificações (etiquetagem) com base no consumo de energia primária. Esta proposta já está em fase final e deverá ser implementada em breve. Além desta mudança, também está em curso a revisão da norma NBR 15220, e a introdução da família de normas ISO 52.000 (normas ligadas a eficiência energética em edificações), incentivando ainda mais a construção de edificações eficientes.

Ele destaca também a necessidade de se utilizar soluções completas para ter alto desempenho energético. Sistemas consagrados em todo o mundo como os EIFS (que aqui no Brasil são comercializados pela Sto Brasil, como o StoTherm) deverão ser mais usadas, sempre adequadas às condições climáticas do país. “Os arquitetos precisam projetar já considerando todas estas questões de desempenho”, finaliza.

Serviço

Para mais informações sobre a Sto Brasil, acesse www.stobrasil.com.br/.

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