Pensando na relevância e importância do tema, José Miguel Morgado, diretor executivo do IBI Brasil, elaborou um artigo no qual fala sobre a importância do projeto de impermeabilização. Texto: José Miguel Morgado | Foto: divulgação

A impermeabilização tem a função de impedir a passagem indesejável de fluidos e principalmente da água e vapores, permitindo a funcionalidade e durabilidade da construção, além de proteger dos inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com a infiltração e outros componentes agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), que contribuem para a deterioração e degradação.

Muitos casos de problemas com infiltrações, eflorescências e vazamentos são consequências da ausência do projeto de impermeabilização. Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI Brasil), estima-se que os serviços executados depois de constatado o problema podem representar de 10 a 15% do custo total da obra, podendo chegar a 50% em casos de grave recuperação estrutural. O montante dos gastos de recuperação e manutenção podem superar 2,5% do PIB, segundo estimativas do mercado. Em muitos casos a origem é devido à ausência ou inadequada impermeabilização. Além disso a IBI Brasil aponta que a umidade é um dos problemas mais encontrados nas construções brasileiras, podendo causar problemas a saúde dos moradores.

A impermeabilização também é considerada um dos sistemas de proteção da edificação que garante aos seus elementos total segurança para a estrutura, como também para seus usuários. Ao surgirem manifestações patológicas referentes às infiltrações, o síndico ou o proprietário do imóvel deve consultar um projetista para aferição da gravidade do problema e avaliar suas causas e consequências, bem como realizar um projeto com a especificação detalhada e correta das soluções.

No Brasil, as primeiras normas foram elaboradas por técnicos em impermeabilização em 1977. Neste período, com o início da construção do Metrô de São Paulo, os técnicos brasileiros receberam as especificações da Europa, baseadas em normas alemãs. A partir daí surgiu o CB-022 Comitê Brasileiro de Impermeabilização.

As normas de execução abordam desde como preparar o substrato até a aplicação e proteção de cada tipo de impermeabilização, apresentando, também como deve ser o projeto, que é dividido em três fases; estudo preliminar, projeto básico de impermeabilização e projeto executivo de impermeabilização e o que cada um deve conter. Entretanto, o IBI Brasil aconselha que o projeto de impermeabilização seja sempre elaborado por um profissional qualificado e habilitado.

José Miguel Morgado é graduado em Engenharia Civil pela FAAP com MBA do Varejo de Material de Construção pela FAAP e em Negócios e Inovação pela Barry University e University of Nevada – Estados Unidos. Ele é diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização e consultor na empresa Morgado Consultoria para assuntos como: Marketing, Comunicação, Vendas, Negociação e Motivacional, entre outros assuntos.

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