Foto: Julia Herman

As portas e janelas são elementos fundamentais em qualquer construção. Em um projeto de arquitetura, solucionar as aberturas de maneira correta é imprescindível. As esquadrias têm a função de trazer segurança, privacidade, iluminação e ventilação, além de terem o poder de transformar uma fachada e criar uma integração do externo com o interno.

As esquadrias também são elementos de proteção e conservação dos espaços, já que servem para impedir a entrada de água da chuva e a contenção de fortes ventos provenientes do exterior das construções. Numa construção, as esquadrias representam em torno de 15% a 20% do valor da obra e podem ser de diversos formatos, tamanhos e modo de abertura.

Elas podem ser de diversos materiais, mas os mais utilizados são o alumínio, PVC e madeira. Para escolher o melhor material, é importante escolher o uso, o local e o estilo da sua construção. Também é fundamental analisar a durabilidade e a resistência do material com que ela é fabricada, o que impacta diretamente na manutenção.

As esquadrias de alumínio ou PVC, por exemplo, não oxidam, ou seja, não enferrujam. Isso quer dizer que a durabilidade delas é bem maior do que uma esquadria de ferro que, por sofrer com a oxidação, exige manutenção constante. Já as esquadrias de madeira são resistentes, mas sofrem com a ação do tempo. Por isso necessitam de manutenção com mais frequência.

A escolha da esquadria deve levar em conta uma avaliação global. Ela é baseada em orientação de profissionais qualificados. Bem como os projetos criados por eles, além de terem que obedecer as normas técnicas regulativas.

Além dos diferentes materiais, as portas e janelas têm diferentes sistemas de aberturas. Podem ser de abrir, de correr, oscilo batente (que tombam para dentro além de girar), maxim-ar, basculantes, pivotante, articuladas, entre outros. Cada sistema tem seu local ideal para ser utilizado.

  • 1- De abrir: são aquelas de uma folha só e que giram sobre dobradiças, muito comuns em portas de entrada e de ambientes internos. Alguns modelos de janela também apresentam esse sistema;

  • 2- De correr: auxílio de trilhos no chão ou no teto;

  • 3- Basculante: se projetam metade para dentro e metade para fora do ambiente em sentido horizontal, como acontece com os portões de garagem. A maioria das esquadrias basculantes é formada por janelas projetadas para locais altos;

  • 4- Maxim-ar: são muito semelhantes às basculantes, mas com a diferença desse modelo atingir uma abertura de quase 90°, proporcionando uma ventilação extra para o ambiente. Muito comum em banheiros, cozinhas e áreas de serviço;

  • 5- Guilhotina: duas folhas que podem ser abertas com uma folha para cima e outra para baixo ou as duas na mesma posição;

  • 6- Camarão: conhecidas também como sanfonadas, podem ser usadas para portas e janelas. Nesse modelo, a abertura é feita com as folhas dobradas uma sobre a outra, obtendo um vão de abertura de quase 100%;

  • 7- Pivotante: consiste em um mecanismo de giro em torno do próprio eixo.

Existem medidas padronizadas para as esquadrias. Isso facilita muito para o fabricante e para os construtores, pois otimiza tempo e investimento. Entretanto é possível fazer sob medida, de acordo com suas necessidades, criando um diferencial no projeto arquitetônico.

Nos cômodos por onde não entrarão móveis, como banheiros e despensas, a porta pode ser mais estreita, de 60cm ou 70cm de largura. Já para o acesso a quartos e salas, é melhor que sejam de 70cm até 90cm de largura, para facilitar a passagem dos móveis. O mesmo vale para a porta da cozinha e da área de serviço: que tenha pelo menos 80cm, para que se consiga passar a geladeira, o fogão e a lavadora de roupas. A altura costuma ser padronizada, de 2,10m. Mas ela pode ser personalizada, podendo ser até piso/teto.

Quando pensamos em portas de passagem para um carrinho de bebê ou uma cadeira de rodas, é importante considerar uma porta de 90cm pois terá folga e facilitará a circulação.

Já para as janelas, a parede que fica logo abaixo da janela se chama “peitoril” e a parede que fica logo acima dela entre a janela e o teto se chama “testada”. Essas duas partes é que definirão o tamanho da sua janela. Em geral, as janelas dos quartos e das salas costumam ser instaladas a 1,10m do chão, as das cozinhas a 1,50m e as dos banheiros a 1,80m. A largura pode variar bastante, de acordo com seu gosto pessoal e a necessidade do projeto.

Isabella Nalon (@isabellanalon)

À frente do Nalon Arquitetura, atuou como arquiteta na Prefeitura de Münster, na Alemanha. Acumula mais de 20 anos de experiência em projetos residenciais, comerciais e corporativos.

Economia compartilhada nos condomínios residenciais de compactos: um caminho sem volta

Artigo Anterior

Cinco motivos para apostar no mercado imobiliário

Próximo Artigo

Separamos para você