O estado de Minas Gerais acaba de superar a marca de 1 gigawatt (GW) em geração própria de energia a partir da fonte solar fotovoltaica, com sistemas em telhados e pequenos terrenos, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
O território mineiro é o estado líder em potência instalada de geração própria de energia solar no Brasil, com 17,8% do total. São 88.133 sistemas operacionais em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, espalhados por 844 municípios, o que equivale a 98,9% dos 853 municípios da região. Atualmente, 120.392 consumidores de energia elétrica já fazem uso da tecnologia, com redução na conta de luz, mais liberdade de escolha e mais sustentabilidade.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou às Minas Gerais a atração de mais de R$ 5 bilhões em investimentos, geração de mais de 30 mil empregos, a arrecadação de mais de R$ 955,4 milhões aos cofres públicos e redução de emissão de 767,0 mil toneladas de CO2.
Para Bruno Catta Preta, coordenador estadual da ABSOLAR em Minas Gerais, o estado é referência nacional no uso da energia solar. “A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os mineiros, com geração de emprego e renda, atração de novos investimentos e ajudando no combate às mudanças climáticas e na proteção do meio ambiente”, comenta.
De acordo com a entidade, a aprovação do marco legal da geração própria de energia renovável será o melhor caminho para evitar retrocessos e democratizar a modalidade no País. O marco legal está pronto para votação na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada.
No total, 38 instituições representativas do País apoiam o PL nº 5.829/2019, que garantirá em lei o direito do consumidor gerar e consumir sua própria eletricidade por meio de fontes limpas e renováveis, incluindo de produtores rurais, de comércio de bens, serviços e turismo, de pequenos negócios e de defesa do consumidor, dentre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Sebrae, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Proteste, maior entidade de defesa do consumidor da América Latina e do Brasil.
“Por isso, é fundamental o apoio da sociedade organizada e das empresas locais no sentido de estabelecer um arcabouço legal transparente, justo e que reconheça os benefícios da energia solar na geração distribuída no País”, acrescenta Catta Preta.
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta. Ela também ajuda a baratear a conta de luz dos brasileiros, reduzindo o uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes, principais responsáveis pela bandeira vermelha que encarece a conta dos consumidores”, conclui Sauaia.