De acordo com pesquisa, o acumulado nas vendas chega a 44,58% em cinco meses. Foto: divulgação

Mesmo tendo registrado queda de 11,36% nas vendas de casas e apartamentos em maio na comparação com abril, o mercado imobiliário se mantém aquecido na cidade de São Paulo, com acumulado de 44,58% nos negócios realizados ao longo dos cinco primeiros meses de 2021.

As locações também fecharam maio no positivo, acumulando 27,13% no volume de negociações. E no comparativo de maio/abril, houve aumento de 13,86% no número de novos contratos de aluguel assinados.

Os números foram registrados pela Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) feita com 274 imobiliárias da Capital. Os participantes do levantamento do Conselho afirmaram, ainda, que o preço médio do m² dos imóveis vendidos subiu 22,24% em maio em relação a abril.

“Esse aumento no preço médio registrado em maio pode ter se refletido na queda do volume de vendas. Antes de adquirir uma propriedade, é natural que as famílias façam inúmeras contas para se certificarem que a compra vai caber nos seus bolsos. E, muitas vezes, acabam optando por esperar um pouco mais, antes de assumirem a prestação de um financiamento, se o valor do imóvel está mais alto”, comentou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.

A certeza da aquisição tem levado compradores da Capital a também preferirem os negócios à vista. Em maio, 47,93% das vendas de casas e apartamentos foram pagas dessa forma, segundo as imobiliárias consultadas pelo CRECISP. O financiamento bancário ficou dividido entre os 40,50% concedidos pelos bancos privados e apenas 10,74% pela CAIXA na cidade de SP. Os proprietários parcelaram somente 0,83% dos negócios e não foram registradas vendas por consórcios em maio.

Os descontos médios obtidos também ficaram menores no período da pesquisa nas regiões mais nobres da cidade. Imóveis localizados na Zona A – que inclui bairros como Jardim América e Perdizes – tinham recebido 10,11% de desconto em abril. Em maio, esse percentual caiu 64%, passando para 3,64%. Na Zona B, de bairros como Paraíso e Chácara Flora, também houve queda de 40,21% nos descontos do período, passando de 8,78% para 5,25%.

Mais da metade (57,85%) das vendas de casas e apartamentos ficou na faixa de valores de até R$ 600 mil em maio. E 78% dos negócios realizados foram para imóveis de padrão médio, com acabamento mais simples e em edifícios de duas a quatro unidades por andar, por exemplo.

Locações em alta

Seguindo a tendência do mercado, com vendas em queda é natural que haja um crescimento do número de imóveis alugados. Na Capital, esse aumento chegou a 13,86% na comparação entre maio e abril. Já no que se refere a valores, os alugueis subiram 3,06% no período.

O depósito em poupança de três meses de aluguel foi a modalidade de garantia presente em 39,82% dos novos contratos de locação. Na sequência, aparecem o fiador, com 26,93%; o seguro fiança, com 24,61%; a caução de imóveis (4,12%); os aluguéis sem garantia (2,96%) e a cessão fiduciária (1,55%).

Os descontos nos alugueis estão menores em maio do que em abril. As reduções no período variaram de -35,54% a -20,14% na Capital. Também é significativo o volume de chaves devolvidas em maio, que superou em 22,42% o total de imóveis alugados nesse período. 52,63% das devoluções foram por motivos financeiros.

A inadimplência caiu 14,89% segundo a pesquisa do Conselho Regional. Em abril, ela estava em 6,11% e reduziu para 5,20% em maio.

Com relação à faixa de preço, a maioria dos contratos de locação não ultrapassou os R$ 1.500,00; 40,21% das casas e apartamentos alugados em maio estavam na Zona C da Capital, que engloba bairros de poder aquisitivo médio, como Mooca e Santo Amaro.

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