A indústria da construção abriu 33.641 postos de trabalho com carteira assinada no país em março de 2023, aumento de 1,36% em relação ao número de empregados no setor em fevereiro. No primeiro trimestre, foram de 94.304 contratações (+3,90% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro). No acumulado de 12 meses até março, a construção gerou 190.842 novos empregos (+8,21%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 191.171 empregos em março. A construção gerou 17,5% desses empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 27 de abril, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, “as contratações de mão de obra neste primeiro trimestre apenas repuseram quase todas as vagas que haviam sido fechadas nos dois últimos meses de 2022, voltando o setor ao patamar do estoque registrado em outubro do ano passado. No entanto, diante da persistência dos juros altos e das incertezas em relação ao arcabouço fiscal e à reforma tributária, podem perder fôlego mais adiante a atividade da construção e a consequente geração de novos empregos.”
Em março, a construção foi o segundo setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (+122.323 trabalhadores) e na frente da indústria (+20.984) e do comércio (+18.555). A agropecuária registrou queda (-332).
Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 640 novos empregos em março – aumento de 0,34% na comparação com o número de postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. No primeiro trimestre, foram 1.306 (+0,70% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até março, foram 5.126 (+3,09%).
Estoque
Ao final de março, a construção empregava 2.515.038 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
Por Estados
Das vagas abertas pela construção em março, 8.709 situaram-se no Estado de São Paulo.
Além de São Paulo, as unidades da Federação em que o setor mais abriu novos empregos no mês foram: Minas Gerais (7.207), Rio de Janeiro (3.403), Santa Catarina (2.346), Bahia (2.101) Goiás (1.450), Espírito Santo (1.283), Distrito Federal (1.199) e Mato Grosso (1.058). Acre, Amapá e Rio Grande do Sul registraram quedas.