O crescimento de cidades médias e grandes está mudando o panorama para quem compra e investe em imóveis. Áreas que antes tinham pouco movimento agora estão ganhando infraestrutura e se tornando atrativas. Isso tem gerado oportunidades interessantes no mercado imobiliário.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que regiões em crescimento urbano tiveram aumento de até 20% no valor dos imóveis entre 2020 e 2023. Cidades como Goiânia, Fortaleza e Campinas são exemplos de locais onde melhorias no transporte e novos centros comerciais têm puxado esse movimento.
Para Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, a chegada de infraestrutura transforma o cenário. “Quando começam a surgir avenidas, escolas e comércios, o interesse por essas áreas cresce rápido. As pessoas procuram lugares que ofereçam mais do que um imóvel: elas querem qualidade de vida e facilidade no dia a dia”, explica.
Um mercado cheio de possibilidades
Áreas perto de grandes cidades, mas ainda em desenvolvimento, têm ganhado destaque entre investidores. Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) apontam que a venda de imóveis nessas regiões cresceu 15% no último ano, reforçando o interesse pelo potencial dessas localidades.
Zambetta comenta que os preços mais acessíveis são um atrativo inicial, mas há outros fatores em jogo. “Muita gente compra de olho no futuro. Com os investimentos certos, o valor de um imóvel nessas áreas pode crescer muito em poucos anos, o que acaba sendo um bom negócio tanto para morar quanto para investir”, diz.
Um exemplo disso é o impacto das melhorias no transporte público. Novas linhas de metrô ou corredores de ônibus, por exemplo, tornam essas áreas mais conectadas e ajudam a aumentar o valor dos imóveis, de acordo com especialistas do setor. Eles trazem desenvolvimento urbano acelerado e deixam a área mais segura e atraente para condomínios premium ou de luxo.
Crescimento planejado faz diferença
O planejamento urbano tem sido peça-chave para garantir que essas áreas cresçam de forma equilibrada. Projetos que incluem áreas verdes, espaços públicos e infraestrutura organizada conseguem atrair mais moradores e investidores. O engenheiro explica que a parceria entre empresas e prefeituras têm feito a diferença. “Quando o setor público e privado trabalham juntos, é possível criar bairros que realmente atendam às necessidades das pessoas. Isso evita problemas como falta de serviços e valorizações fora da realidade”, comenta.
Com o aumento da demanda por moradias e serviços, as empresas locais também encontram espaço para crescer. Negócios como mercados, farmácias e academias aproveitam a chegada de novos moradores para expandir suas operações, seja abrindo novas unidades ou ampliando os horários de atendimento.
Diogo Zambetta ressalta que a presença de empresas estabelecidas na região também ajuda a atrair mais moradores. “Quando os serviços acompanham o crescimento, os bairros se tornam mais completos. Isso gera um ciclo positivo: mais moradores atraem mais empresas, e os serviços locais ajudam a consolidar a região como uma boa opção para viver”, afirma.
Esse movimento também beneficia pequenas e médias empresas, que podem adaptar seus negócios para atender a novas necessidades, criando mais empregos e movimentando a economia local.
Olhando para o futuro
Mesmo com os desafios, o crescimento urbano traz muitas oportunidades para investidores e moradores. Fortalecer políticas públicas e investir em infraestrutura é essencial para manter esse movimento sustentável e equilibrado.
Para Zambetta, o mercado imobiliário está se ajustando a essa nova realidade. “Essas regiões em desenvolvimento têm muito potencial. Elas deixaram de ser apenas uma alternativa mais barata e passaram a ser uma escolha estratégica, tanto para quem quer morar quanto para quem investe. Esse cenário deve crescer ainda mais nos próximos anos”, finaliza.