Neste artigo falaremos sobre campos eletromagnéticos, algo muito comum nos dias de hoje dentro dos espaços construídos.
A contaminação eletromagnética por linhas de transmissão de alta tensão, antenas de rádio, televisão e telefonia celular, aparelho celular, como os exemplos baixo, vem sendo objeto de estudo e preocupação da OMS e de inúmeros institutos mundiais de pesquisa em saúde e bem-estar.
Estudos apontam que uma exposição excessiva a campos eletromagnéticos gerados pelo homem (poluição eletromagnética, ou electrosmog) possa levar os indivíduos a desenvolverem sintomas de distúrbios do sono, concentração, memória, leucemia, câncer, fadiga, estresse, esterilidade, dentre outros.
Nosso organismo se adaptou à realidade de que nosso planeta possui um campo eletromagnético natural e relativamente estável e que tem seu norte apontando sempre na mesma direção.
Quando aplicamos materiais de construção ou mobília metálicos, aparelhos que emitem campos eletromagnéticos e que deturpam este campo natural nossas células também se desorientam e têm partes de seu metabolismo alterado, como pode ocorrer em colchões ou estruturas metálicos como vemos abaixo.
Portanto é importante que mantenhamos nossos ambientes de longa permanência, principalmente nosso quarto de dormir, o mais próximo possível dos padrões naturais.
Apesar dos caminhos biológicos, os efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos que impactam o nosso corpo ainda serem objetos de estudos, entidades certificadoras de espaços saudáveis, como o Healthy Building Certificate, adotam o Princípio da Precaução orientando-se manter a poluição eletromagnética dentro de valores mínimos, sem obviamente abdicar dos confortos que a eletricidade nos traz.
A busca por tecnologias que sejam ao mesmo tempo confortáveis e saudáveis é um desafio que todos nós temos, ao especificar e projetar empreendimentos mais saudáveis, sendo assim deixar os campos eletromagnéticos o mais longe possível dos locais de longa permanência é fundamental. Sendo assim sempre que forem projetar as instalações elétricas é recomendado não passar tubulações elétricas por de baixo dos locais projetados para camas ou a menos afastá-las pelo menos 40 cm deste local.
Outra boa opção é uso do conceito da elétrica inteligente, onde não mais passamos cabos elétricos das lâmpadas para os interruptores e sim apenas um cabo de rede que acionará as lâmpadas através de um pulsionador que só liberará corrente elétrica, neste momento do pulso para acender ou apagar as lâmpadas, assim reduzimos de forma considerável estes campos elétricos no local.
Mesmo em locais já construídos, que tem uma grande concentração de campos eletromagnéticos no local, é possível fazer algumas intervenções que reduzirão estes campos elétricos no local, como a utilização de persianas especiais com tecidos que reduzem este campo eletromagnético ou até mesmo pinturas especiais que bloqueiam os mesmos, como podemos ver abaixo.
Marcos Casado (@marcoscasado1)
Engenheiro civil, atuou como gerente técnico do Green Building Council Brasil e foi gestor de obras no ABN AMRO Real. É diretor do HBC Brasil – Healthy Building Certificate.