Com a expectativa de reunir expositores dos segmentos de estruturas, materiais, máquinas e equipamentos, tecnologia e outros, a primeira edição do Modern Construction Show – Feira internacional da Construção Industrializada (MCS) terá lugar no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP), de 1º a 3 de outubro. O evento pioneiro vai apresentar aos visitantes o que de mais moderno existe em termos de construção industrializada — desde tecnologias construtivas inovadoras até equipamentos de última geração utilizados para produzir os módulos dos diversos materiais (concreto, metal, madeira certificada, vidro, drywall) a serem montados em obras civis: shopping centers, hospitais, escolas, edifícios residenciais e comerciais. Além disso, haverá palestras técnicas a cargo de engenheiros, arquitetos, economistas e outros especialistas em construção industrializada.

Entre os expositores já confirmados nesta feira de negócios promovida pela Francal estão a Leonardi Construção Industrializada Ltda., especializada na produção de elementos pré-fabricados em concreto, sediada em Atibaia-SP, e a Cassol Pré-Fabricados Ltda., do grupo catarinense Cassol — há mais de 60 anos no mercado da construção civil.

Wilson Claro, diretor de Vendas da Leonardi, está otimista com a chegada dessa nova feira. “Será uma excelente oportunidade para arquitetos, projetistas, construtores, gerenciadores e incorporadores terem contato com as novidades e o que existe de mais moderno no Brasil em tecnologias e soluções para a construção industrializada”, afirma.

Ele acredita que, em breve, a construção industrializada no Brasil estará em outro patamar, com significativo aumento de sua participação no mercado, visto que a transferência de boa parte dos trabalhos para um ambiente fabril faz com que as máquinas e equipamentos garantam maior produtividade, segurança e qualidade. Além disso, o processo de montagem da estrutura no canteiro de obras exige poucas pessoas.

“A construção industrializada já é adotada em grande escala no Brasil para a edificação de supermercados, hospitais, indústrias, escolas, shopping centers e prédios corporativos, além de obras de infraestrutura como pontes e aeroportos. No segmento residencial, contudo, a participação da pré-fabricação em concreto ainda é pequena, principalmente pelas questões culturais e pela ausência de um produto que permita o financiamento das soluções industrializadas de construção. Mas algumas iniciativas devem mudar esta realidade”, afirma Claro.

Segundo ele, a Leonardi, que tem 35 anos, espera repetir em 2024 o bom desempenho de 2023, quando produziu mais de 55 mil metros cúbicos de elementos pré-fabricados em concreto, como pilares, vigas, lajes, escadas, painéis de fechamento e painéis arquitetônicos. Na sua fábrica, em Atibaia (SP), emprega mais de 450 pessoas divididas em dois turnos, além de outros 130 trabalhadores nas obras em andamento, parte deles na montagem dos elementos pré-fabricados e parte na fundação e cobertura dos edifícios.

Por sua vez, Felipe Cassol, CEO da Cassol Pré-Fabricados e presidente do Conselho Estratégico da ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), prevê que, este ano, o faturamento da empresa deve crescer de 10 a 15%, a maior parte proveniente das soluções de engenharia, que englobam o desenvolvimento do projeto estrutural, a produção, transporte e montagem da estrutura pré-fabricada em concreto, no local da obra.

Nos últimos 10 anos, a Cassol realizou a montagem de mais de 4 milhões de peças pré-fabricadas. Atualmente, produz cerca de 12 mil metros cúbicos de peças de concreto por mês, embora tenha capacidade instalada para 23 mil — volume atingido em 2013, quando a economia estava aquecida.

No entender do executivo, duas questões têm dificultado a expansão da construção industrializada no Brasil. A primeira e mais complexa, segundo ele, é a falta de isonomia tributária entre o sistema construtivo tradicional e o industrializado, fazendo com que muitas vezes a obra acabe custando mais, mesmo tendo uma solução mais produtiva, rápida e sustentável. “O segundo ponto relevante é a questão cultural; para que o projeto tenha alto grau de industrialização, é necessário que essa discussão do uso de sistemas construtivos esteja incorporada na fase de desenvolvimento dos projetos arquitetônicos e legais. Essa transformação é gradativa e não deve ter volta”, afirma.

Arquitetos, engenheiros, decoradores e quaisquer outros interessados em visitar o Modern Construction Show já podem se inscrever.

SERVIÇO
Modern Construction Show – 1ª Feira Internacional da Construção Industrializada
Data: 1º a 3 de outubro de 2024
Horário: 13h às 20h
Local: Distrito Anhembi – Av. Olavo Fontoura – São Paulo, SP
Credenciamento: https://modernconstructionshow.com.br/credenciamento/

Sobre o Modern Construction Show
Primeiro evento do país que reúne todos os múltiplos sistemas construtivos e ramos da construção industrializada, o Modern Construction Show (MCS) ocupará 10 mil m² do novo Distrito Anhembi, em São Paulo, com a expectativa de reunir expositores dos segmentos de estruturas, materiais, máquinas e equipamentos, tecnologia e instalações, além de palestras com especialistas nacionais e internacionais. O evento é fruto da união das entidades ABCEM, ABCIC, ABRAMAT e ABCLS.

Sobre a Francal
A Francal foi fundada na cidade de Franca, interior de São Paulo, em 1969. Há 55 anos contribui para o fomento ao desenvolvimento econômico e social, atuando em 15 setores múltiplos, atraindo conexões entre empresas nacionais e internacionais. Em mais de cinco décadas, tornou-se uma das maiores e mais sólidas promotoras de eventos do país e tem, hoje, 16 feiras no portfólio. Em 2024, estabelecida como um ecossistema para eventos, a Francal vislumbra um futuro próximo ascendente na oferta de conexões e no avanço dos negócios.

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