O Brasil bateu recorde de geração de energia solar neste ano, atingindo 20 GW de potência instalada em setembro, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e deve crescer ainda mais, devido aos incentivos fiscais do setor. De acordo com o Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado no início de 2022, quem instalar e homologar os sistemas de energia solar até meados de janeiro de 2023 terá isenção tributária até 2045 e, por isso, muitos consumidores estão correndo contra o tempo para garantir o benefício. 

Porém, é preciso se atentar às etapas do projeto e uma das mais importantes é o comissionamento, uma auditoria externa e independente, que é realizada após a instalação do sistema. “O comissionamento é um conjunto de testes padronizados e imparciais que deve ser feito em todos os projetos fotovoltaicos para garantir que o sistema está dentro dos padrões técnicos de segurança e que terá a eficiência energética compatível com o tamanho da planta”, explica Guilherme Nagamine, diretor da L8 Energy, empresa especializada na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos, que também certifica projetos.

O comissionamento deve ser feito por profissionais externos, que não se envolveram na instalação, para garantir a credibilidade da certificação. Dentro do conjunto de testes realizados, o profissional avalia o projeto em si, a execução, os equipamentos, de acordo com as normas técnicas e com a legislação, analisando ainda as boas práticas de engenharia e requisitos específicos do proprietário. 

Guilherme Nagamine destaca que uma usina solar tem vida útil de em média 25 anos e é fundamental se certificar de que a eficiência energética do projeto se sustentará em longo prazo. “Esta é a principal etapa que sucede a execução do projeto. Sem o comissionamento, o dono do empreendimento corre um grande risco na garantia do funcionamento e operação da sua planta. Durante os testes, identificamos possíveis problemas que podem interferir na quantidade de energia gerada ao longo do tempo”.

Uma das plantas certificadas pela L8 Energy é a Usina JP II, em João Pinheiro (MG). O projeto, de propriedade da Invictus Usinas Solares, é de grande porte e para comercialização de energia, com produção estimada de 1.916 MWh por ano e potência instalada de 1MWp, o suficiente para abastecer cerca de 800 residências. Nos próximos meses, pelo menos sete usinas de minigeração passarão pelo comissionamento da L8 Energy, em um total de 19,5 MWp instalados.

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