Aplicações de computação em nuvem, análise de dados, IoT (Internet das Coisas), IA (Inteligência Artificial), realidade aumentada e virtual, robótica, processamento de pagamentos e blockchain. Estas são apenas algumas das inovações que estão abrindo novas oportunidades para empresas, permitindo que elas cresçam e se expandam com maior celeridade e põem em movimento o processo de aceleração tecnológica que está ocorrendo na economia global.

Apesar disso, o negacionismo da evolução digital é uma realidade. Ainda hoje, muitos se negam a acreditar que a tecnologia e a digitalização estão mudando e evoluindo a sociedade. Mesmo diante de todos os avanços, quem vive nesta condição sustenta a crença de que a revolução digital não tem um impacto significativo em nossas vidas e que as mudanças que estamos vendo são insignificantes ou, até mesmo, fictícias.

Algumas pessoas que negam a evolução acreditam que a tecnologia não está realmente mudando a forma como vivemos, trabalhamos ou nos relacionamos uns com os outros. Eles podem argumentar que as inovações não são realmente necessárias e que podemos continuar vivendo sem elas.

Ainda assim, a revolução é um fato inegável e inúmeras mudanças podem ser observadas em todo o mundo. As tecnologias estão se tornando cada vez mais avançadas, o que fomenta novas formas de comunicação, trabalho e entretenimento. A negação disso pode impedir o progresso e o desenvolvimento da sociedade, além de limitar a capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas que ocorrem ao nosso redor.

O negacionismo viaja pela história

A história está repleta de exemplos de negacionismo da evolução digital. No século XVIII, muitos artesãos e trabalhadores rurais protestaram contra a introdução da máquina a vapor, que ameaçava seus empregos e modos de vida tradicionais. Já no final do século XIX e início do século XX, algumas pessoas se recusaram a usar eletricidade em suas casas e empresas, acreditando que esta era perigosa e não confiável.

O negacionismo foi um entrave para a computação: nas décadas de 1960 e 1970, muitas empresas e instituições resistiram à implementação de sistemas de computação, pois acreditavam que seriam muito caros e complexos. Há cerca de trinta anos, no início dos anos 90, algumas pessoas acreditavam que a internet era uma moda passageira e que não teria impacto duradouro na sociedade.

Nos últimos anos, houve uma preocupação crescente com o desenvolvimento da IA e, ainda hoje, muitas pessoas temem que ela possa levar à perda de empregos e ao controle humano.

Embora o negacionismo possa parecer uma reação natural à mudança, a tecnologia pode trazer diversas benesses para a sociedade, incluindo a melhoria da qualidade de vida, a criação de novos empregos e a solução de problemas globais. Por isso, é essencial promover a educação e a conscientização sobre a evolução e seus benefícios.

Negacionismo na construção civil

O mercado de construção civil não está imune ao negacionismo digital. Pelo contrário, ainda hoje, muitas empresas e profissionais resistem à implementação de tecnologias avançadas – como a construção modular, o BIM (Building Information Modeling), realidade aumentada ou a impressão 3D – que podem ser mais eficientes e econômicas.

Além disso, algumas empresas do segmento não estão dispostas a investir em inovações e digitalização, o que pode levar à perda de oportunidades de negócios e à falta de competitividade no mercado. A propósito, muitos negócios ainda não utilizam softwares e aplicativos para gerenciamento de projetos, que podem melhorar a eficiência e a comunicação no canteiro de obras.

O que os negacionistas não percebem é que rejeitar a evolução digital na construção civil pode levar a atrasos no cronograma da obra, aumento de custos e desperdício de recursos. Por isso, é importante que essa indústria abrace a evolução e adote tecnologias avançadas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das construções. Afinal, como vimos, a história comprova que as inovações não param mesmo diante do negacionismo – e nós podemos (e devemos) fazer parte da revolução.

Cícero Sallaberry (@construflow)

É sócio fundador da Construflow e gestor de grandes contas da Trutec. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), possui experiência em gestão de canteiro de obras de grandes construtoras e em projetos na plataforma BIM. Empreendedor na área de inovação e tecnologia, incentivador da mudança de mentalidade e melhoria da produtividade da construção civil.

Indústria investe quase R$ 170 milhões em segurança do trabalho em 2022

Artigo Anterior

Pelo sexto ano consecutivo, vendas de imóveis em 2022 crescem em Goiânia e Aparecida de Goiânia

Próximo Artigo

Separamos para você