Uma rodovia bem cuidada, sinalizada e iluminada é capaz de aumentar o conforto e a segurança das pessoas que trafegam por ela. Engana-se, no entanto, quem pensa que o asfalto é o único aspecto que deve ser levado em consideração: as margens, os canteiros e os taludes são fundamentais não apenas para garantir a beleza do cenário, mas principalmente para evitar acidentes
É nesse contexto que um item se torna de extrema importância. “O gramado, quando colocado e mantido da forma correta, é imprescindível para assegurar a visibilidade aos motoristas, sobretudo em curvas, evitar a propagação de incêndio e manter animais sempre à vista”, explica Éder Pires, engenheiro agrônomo e responsável técnico de vendas da Itograss, empresa que é a maior produtora de grama do Brasil.
O especialista aponta que a grama Esmeralda é a mais indicada para uso na infraestrutura, já que é baixa e não exige tantas manutenções quanto outros tipos. “Essa grama não ultrapassa os 6 ou 7 centímetros quando recebe os cuidados necessários e é aplicada em blocos, o que assegura uma aplicação densa, uniforme, capaz de prevenir erosões e drenar a água da chuva. Por esses motivos, ela tem ganhado cada vez mais espaço tanto em rodovias quanto em aeroportos ou ferrovias”.
Hidrossemeadura, o barato que pode sair caro
Muitas concessionárias também têm utilizado a hidrossemeadura ao longo das vias, que, segundo Pires, é um método regulamentado, porém imediatista e incapaz de fornecer os mesmos benefícios que a grama Esmeralda. “A hidrossemeadura, na verdade, é uma solução mais barata em um primeiro momento, que pode ser aplicada à distância em taludes. Isso evita custos com funcionários e equipamentos necessários na colocação do gramado”, acrescenta Éder Pires.
Essa economia inicial, porém, pode sair bastante cara no futuro, já que as sementes da hidrossemeadura facilitam o crescimento da grama e, consequentemente, aumentam os riscos de acidente e propagação de incêndios.
