A união do setor de galpões flexíveis foi a força necessária para que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criasse, pela primeira vez, uma norma específica para estruturas modulares. A NBR 17010 de 12/2021 foi uma conquista de todo o setor.
O foco principal da norma recai sobre segurança e prevenção contra incêndios. Isso porque o corpo de bombeiros de cada estado do Brasil cria a própria legislação via decreto de governo para determinar fatores como o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) e a norma pode sim funcionar como um documento técnico mestre em todo o território nacional.
Como as empresas de galpões flexíveis costumam atender clientes de diferentes setores por todo o país, a unificação da legislação se tornou um aspecto de extrema importância para o rompimento de barreiras regionais. Veio daí a necessidade de consulta do setor e a intermediação da Abimaq para a criação da norma ABNT válida para todo o território nacional.
Ativo nesse processo, o gerente de engenharia, indústria e inovação da Tópico, Fernando Gomez, explica como se deu o processo para alcançar a norma. “Dois aspectos eram essenciais. O primeiro dizia respeito à lona que reveste os galpões. Elas têm classificação quanto à proteção contra incêndio, e mais especificamente sobre emissão de fumaça e propagação de chamas. Depois, o foco era a estrutura metálica. Algumas regras exigiam que, dependendo do tamanho do galpão e o que seria estocado pelo cliente, a estrutura metálica deveria suportar um incêndio por determinado período. Conseguimos demonstrar que no caso dos galpões flexíveis o TRRF não é uma especificação necessária já que, graças à tecnologia das lonas, a estrutura metálica não é diretamente afetada e não colapsa em caso de incêndio”.
Para Gomez, a NBR 17010 é a representação de uma primeira vitória do setor e vai muito além da isenção da apresentação do TRRF. “Até então, os galpões lonados não tinham regras específicas e ficavam transitando entre normas de diferentes estados. Ainda que haja flexibilização de práticas, continuamos garantindo a segurança, especialmente porque galpões modulares têm baixíssima ocupação de pessoas”, destaca.