A primeira etapa para todo profissional que quer obter sucesso em uma obra é olhar com atenção para o projeto de impermeabilização. Garantir que o local fique livre da umidade exige uma série de cuidados, que começam em uma análise detalhada do lugar a ser reformado ou construído, passam pelo investimento que será realizado e terminam com a escolha dos produtos que serão utilizados até chegar ao final, apontando os locais onde ela será feita.

Esta é a análise de Camila S. Grainho, arquiteta com selo de qualidade do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) e diretora técnica da GTI Projetos de Impermeabilização. “Trabalhamos em uma matéria multidisciplinar. O projetista precisa saber de todas as disciplinas, pois alguma delas vai acabar interferindo. É preciso ter uma leitura de compatibilização das plantas”, afirmou Camila, que é pós graduada em materiais e corrosão.

Esses itens incluem uma análise da sondagem, estrutura, paisagismo, ancoragem, esquadrias substrato, as movimentações estruturais e até mesmo de quais são as condições climáticas predominantes no local. Camila destacou que ainda é preciso garantir que todas as especificações sejam atendidas dentro da verba do cliente e montou um passo a passo do que é necessário.

  • Conhecer o local: realizar a avaliação detalhada da estrutura a ser impermeabilizada.
  • Adequação da verba: desde que o que for feito esteja em conformidade com as diretrizes estabelecidas a fim de assegurar a qualidade, segurança e legalidade da obra, está tudo bem. “Já vi muitas construções de luxo e o que foi gasto na impermeabilização foi pouco. Não tem o menor problema, o importante é que não vaze água, a especificação deve atender ao desempenho solicitado”, declarou.
  • Especificação dos produtos: a escolha de produtos adequados à estrutura e ambiente é primordial, pois precisam garantir a resistência a produtos químicos, serem duráveis, conforme desempenho solicitado: flexíveis ou rígidas e o principal atender a relação custo x benefício x desempenho.
  • Estudo preliminar: São as plantas com a eleição da área que será impermeabilizada. A arquiteta afirma que o ideal é entregar com detalhes esquemáticos facilitando o entendimento do que está sendo proposto e oferecendo as diretrizes a fim de evitar problemas futuros.
  • Projeto executivo: o último passo apresenta uma descrição, com o máximo de detalhes possíveis, para que não haja falhas na execução do serviço. “Não adianta fazer isso e ficar engavetado. O executor também precisa ser especialista e executar dentro das boas práticas”, avalia.

Atenção mesmo depois da obra

Contudo, as precauções ainda se estendem até depois da impermeabilização ser feita. “É comum todo mundo dar o projeto como finalizado após o teste de estanqueidade. Alguns construtores não se atentam à importância de montar um cronograma ao passar as camadas do impermeabilizante em intervalos corretos. Ele pode estar o mais detalhado possível, mas se a mão de obra não for qualificada, as boas ideias ficarão apenas no papel”, complementa Camila.

A escolha do produto adequado também é uma forma de potencializar os benefícios de um bom projeto, explica Emerson Alexandre, Diretor Comercial de Mercado Técnico do Grupo Soprema. Segundo ele, o bom projetista deve se capacitar para também poder indicar as melhores tecnologias para que os demais profissionais coloquem o projeto em prática

“Muitas vezes, a escolha errada de um produto de impermeabilização pode comprometer um projeto excelente. Por isso, projetistas devem trabalhar em parceria com demais profissionais para a definição de tecnologias de qualidade, como membranas protetoras de alto desempenho, com aplicação fácil e prática. A durabilidade dos materiais também deve ser levada em consideração”, afirma Alexandre.

11º Congresso Jurídico da Construção será em 24 de outubro

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