Foi realizado nesta terça-feira, 26 de abril de 2022, a 2ª edição do Fórum de Saneamento e Recuperação Energética, chancelado pela IFAT, feira líder mundial em tecnologias ambientais. O evento aconteceu no Expo Center Norte, em São Paulo, e teve como intuito debater o desenvolvimento das ações referentes à implementação do Novo Marco Legal do Saneamento na prática, além de comentar os desafios da indústria, mostrar projetos em estudo e execução e elucidar sobre como a recuperação energética no país se encaixa nesse processo.  

A solenidade de abertura contou com as presenças de Rolf Pickert – CEO da Messe Muenchen do Brasil; Rubens Aebi – Vice-Presidente da ABREN; Thomas Timm, Vice-Presidente da AHK São Paulo; Josivan Cardoso Moreno ABES Nacional; Percy Soares Neto – Diretor da ABCON SINDCON; Estela Testa – CEO da Pieralisi Américas e Presidente do SINDESAM da ABIMAQ; e Katharina Schlegel – Diretora de feiras de negócios da IFAT.

Rolf Pickert destacou que o Marco Legal do Saneamento é uma oportunidade para que operadores públicos possam se reinventar e trazer uma infraestrutura eficiente para o país bem como ressaltou a importância da retomada dos eventos. “De acordo com o plano nacional de saneamento básico será necessário investir R$ 753 bilhões até 2033 e isso tudo deve ser feito de forma mais sustentável e bem planejada com nítidos benefícios para o meio ambiente e saúde da população.

Os painéis realizados no período da manhã discutiram temas abrangentes, trazendo as consequências do marco regulatório do saneamento, as expectativas sobre os leilões esperados em 2022 e sobre como a indústria nacional de máquinas e equipamentos está preparada para atender aos projetos de saneamento.   

Maurício Portugal, sócio do Portugal Ribeiro Advogados e Professor de Modelos Regulatórios da FGV-SP deu início ao primeiro painel como moderador e contextualizou o cenário trazido pelo decreto 10.710/2010 que prevê que as operadoras de saneamento básico comprovem sua capacidade econômico-financeira para universalização serviços. O assunto seguiu com as participações de Pedro Maranhão, Secretário Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional; Percy Soares Neto, Diretor Executivo da ABCON SINDCON; Marcus Macedo, gerente especialista em Infraestrutura e Power na Marsh Brasil; e Ceci Caprio, Consultora em Saneamento Ambiental na GO Associados. Na palestra foram levantadas as necessidades de regulação das operadoras ao passo que se não comprovadas suas capacidades econômico-financeiras, abre-se espaço aos municípios para a realização de leilões e participação da iniciativa privada. 

Para Pedro Maranhão, o Marco Legal do Saneamento atraiu a iniciativa privada para investir na universalização, trazendo saneamento para todo país, contribuindo para sustentabilidade. “O Marco do Saneamento é o maior programa ambiental do mundo porque é um programa que vai tratar esgoto para mais de 100 milhões de pessoas, tratar água para 35 milhões de pessoas e vai zerar mais de 3 mil lixões a céu aberto. E isso está acontecendo por conta do Marco que trouxe regulação, previsibilidade e garantias para todo setor”.

O segundo painel seguiu conectado ao tema trazendo informações sobre o que esperar dos leilões de saneamento em 2022.  A moderadora Cíntia Araújo, Superintendente da Regulação Econômica na Agência Nacional de Águas (ANA), conduziu a conversa com os convidados: Fabio Abrahão, Diretor de Concessões e Privatizações do BNDES e Luana Siewert Pretto, CEO do Instituto Trata Brasil, que destacaram questões importantes como as estratégias de processamento de informações e ordenação de conhecimento (bottom-up e top-down). Os palestrantes deixaram evidente que a captação de investimentos privados é um importante fomento para o avanço do saneamento universalizado nas regiões com baixa capacidade econômico-financeira.

Segundo Luana Siewert Pretto, o Instituto Trata Brasil atua para que a população entenda a importância do Saneamento Básico e que sua ausência vai fazer com que isso afete a saúde do país o que acaba prejudicando o desenvolvimento, principalmente, de crianças. “A conscientização faz com que haja um movimento em prol do Saneamento Básico nos Municípios, Estados e no País. Nós temos um grande caminho pela frente e há uma necessidade maior de investimentos no Saneamento Básico”. 

Na sequência Estela Testa, CEO da Pieralisi Américas, empresa patrocinadora do evento e Presidente do SINDESAM da ABIMAQ recebeu Glauco Montagna, diretor do SAM do Segmento Saneamento da Schneider Eletric e Vice-Presidente do SINDESAM da ABIMAQ; Wagner Setti, Relações Institucionais e Governamentais da WEG e Eduardo Pacheco, diretor técnico do Portal Tratamento de Água e do Portal Saneamento Básico. As informações discutidas no painel indicaram que a indústria nacional está preparada para atender a alta demanda esperada para os próximos anos, ainda com espaço para aumentar a capacidade de produção. Ficou evidente também que o consumo e o reaproveitamento de energia, assim como a automação dos processos e a interatividade (ioT) das máquinas e equipamentos são preocupações já presentes na indústria nacional. Outro ponto ressaltado foi a importância da qualificação da mão-de-obra. 

Estamos muito otimistas com o Marco do Saneamento e não temos problemas em relação ao parque instalado, acreditamos que a indústria nacional está preparada. Temos uma capacidade de aumentar nossa produção para demanda que vier”, revelou Estela Testa. 

Para quem não pôde assistir ao vivo, todo conteúdo gravado estará disponível aos credenciados até o dia 22 de maio. 

Serviço

Para mais informações sobre o evento e acesso ao conteúdo gravado, acesse o site oficial do evento.

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