Em obras e construções problemas de infiltração são comuns. Para resolver a questão é necessário garantir a estanqueidade da área e a primeira solução que vem à mente são os impermeabilizantes. Embora estejam relacionadas entre si, estanqueidade e impermeabilização não são sinônimos. A diferença é sutil, porém é essencial que construtores, engenheiros, arquitetos, técnicos, mestres de obra, pedreiros e outras profissões ligadas à construção saibam o que é uma e o que é outra.

De modo geral, a impermeabilização relaciona-se à aplicação de materiais específicos para criar uma barreira que impede a passagem de água e umidade em estruturas como paredes, lajes, fundações e telhados. Este procedimento é essencial para proteger a edificação contra infiltrações, prevenindo danos como mofo, bolor e manchas nas paredes e tetos, que podem causar uma série de problemas, desde estéticos até estruturais.

Já a estanqueidade é o resultado de um sistema de impermeabilização bem projetado e executado, a partir da aplicação correta dos materiais impermeabilizantes para garantir que uma área específica esteja completamente protegida contra vazamentos e infiltrações. Um bom exemplo é uma piscina que, após a aplicação adequada de produtos impermeabilizantes, não apresenta vazamentos.

Geralmente, quando as pessoas não têm conhecimento técnico, confundem a solução em adquirir um produto impermeabilizante, achando que isso vai garantir estanqueidade. Mas não é bem assim. A impermeabilidade é uma característica que, por vezes, eu consigo avaliar, pegar um determinado material e dizer: “olha, esse material está impermeável porque atende a ABNT NBR 9952:2007”, por exemplo, que é a norma de mantas asfálticas. Ao passo que a estanqueidade, está mais ligada a uma área, isto é, a não passar a água ou a umidade em uma área completa.

Para que fique mais claro, dou o exemplo de uma taça de vidro ou de cristal. Imagine, por exemplo, que você está tomando um vinho nessa taça. Vidro ou cristal, ambos são materiais impermeáveis. E a taça está estanque porque ela não está vazando o líquido. Entretanto, alguém sem muita habilidade em manuseá-la acaba virando-a e derramando o conteúdo nela existente. Pois então: naquele momento que a taça foi virada incorretamente, ela não estava mais estanque, permitindo que o líquido derramasse. Neste caso, o vidro ou cristal da taça continuam impermeáveis o que mudou foi a má utilização da taça e permitiu o derramamento e fez com que ela não ficasse estanque, mesmo o material sendo impermeável.

Numa tradução dessa situação para a construção civil, não adianta ter o melhor material se ele não for corretamente aplicado. Pois a estanqueidade de uma área – laje, piscina ou outra estrutura – está ligada à escolha do produto correto, ao produto atender à norma e à aplicação correta deste material com a performance esperada. É o conjunto destes três fatores que garante a estanqueidade.

O papel do CRM para fidelizar clientes e lucrar mais

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