Em geral, a fase de acabamento da obra costuma ser a mais esperada por quem está construindo. Afinal, é nessa etapa que o imóvel começa a receber os preparativos para ser finalizado e entregue aos proprietários. Segundo destaca Jéssica Moura, Coordenadora de Desenvolvimento de Mercado Building Finishing da Sika, empresa especializada em construção civil:
“Uma vez concluídas as fases de fundação, alvenaria, levantamento das estruturas e instalações prediais, o cliente começa a ver a construção tomando forma e o projeto chegando ao fim. Isso torna esse último momento mais empolgante, já que aumentam as expectativas de ver a obra pronta”.
Porém, enquanto nas fases de alvenaria ou fundação não costumam surgir muitas questões sobre os tipos de materiais a serem utilizados — desde que se tratem de produtos duráveis e de qualidade –, durante a etapa do acabamento, existe uma preocupação estética com a aparência dos revestimentos, bem como com a adequação de cada um deles aos ambientes onde serão instalados.
Com isso em mente, a PortoKoll®, marca do grupo Sika, preparou o material abaixo, com algumas dicas e informações que podem ajudar a garantir um resultado ainda mais satisfatório na fase de acabamento da sua obra. Confira:
Revestimento de pisos
Ainda que a fase de acabamento reúna diferentes atividades — que vão desde a colocação de pisos, forros, metais e louças sanitárias até a pintura e instalação de armários e esquadrias –, é preciso seguir uma sequência correta de procedimentos, além de respeitar certos intervalos, como o tempo de secagem de alguns materiais.
“Quando o assunto é o revestimento de pisos, por exemplo, é preciso levar em conta que cada tipo de material tem uma característica determinante para o ambiente, enquadrando-se melhor em diferentes cômodos da casa. Enquanto alguns pisos se ajustam melhor à cozinha ou aos banheiros, outros podem ser amplamente utilizados em áreas externas do imóvel, ou ainda em salas e quartos”, ressalta Jéssica Moura.
Além disso, para realizar o revestimento dos pisos, é necessário fazer o contrapiso, ou seja, a aplicação de uma camada de argamassa, com cerca de 2 a 5 centímetros de espessura, que serve para corrigir imperfeições da superfície, preparando-a para receber o revestimento. Ao fazer o piso, a lógica aplicada é semelhante àquela empregada na finalização das paredes, porém há uma gama bem mais ampla de produtos a serem utilizados.
Como os pisos não podem ser escorregadios em alguns ambientes, o mercado já disponibiliza peças antiderrapantes, ideais para ambientes onde há mais contato com a água, como áreas externas, banheiros, lavanderias e bordas de piscina. Conforme explica Moura:
“O tipo de piso a ser utilizado no acabamento depende muito do cômodo onde será feita a aplicação. O porcelanato, por exemplo, tem sido amplamente utilizado para revestir o chão de diversas áreas da casa. Com o polimento que esse material costuma receber, sua superfície adquire muito mais brilho, conferindo mais beleza e sofisticação ao ambiente. No entanto, para locais como o entorno de uma piscina, onde não podem ocorrer escorregamentos, é preciso estar atento a algumas características do material do piso, como rugosidade, aderência, facilidade de limpeza e resistência a derrapagens”.
Revestimento de paredes
Já quando se fala em revestimento de paredes, o foco é dar acabamento às partes da alvenaria e das estruturas da obra, que geralmente recebem uma camada de chapisco, emboço e reboco, utilizados tanto para garantir o nivelamento correto da parede quanto para proteger os blocos e tijolos de qualquer contato com o meio externo.
De acordo com a especialista da Sika, “para fazer o acabamento de paredes com peças de revestimento, o cliente pode apostar em azulejos cerâmicos ou porcelanato. Os azulejos costumam ter um preço mais acessível, além de serem resistentes e fáceis de aplicar. A variedade de cores, estampas e formatos é outro fator que contribui para que esse material atenda às necessidades de diferentes públicos. O porcelanato, por sua vez, é uma peça cerâmica que recebe um tratamento diferenciado durante a sua produção, o que torna sua superfície mais resistente, impermeável e bonita”.
Muito usado por conta dessa resistência superior, o porcelanato também é considerado um material bastante versátil, podendo ser polido, esmaltado, estruturado, natural, acetinado ou, ainda, dotado de superfícies que imitam a aparência de outros materiais, como, por exemplo, a madeira.
Outros revestimentos que podem ser utilizados nas paredes, em especial de cozinhas e banheiros, são algumas pedras, como o mármore ou o granito, que conferem sofisticação e beleza diferenciadas a esses cômodos. No entanto, em todos os casos mencionados até aqui, é preciso que os responsáveis pelo revestimento estejam atentos à paginação das peças a serem instaladas, já que, muitas vezes, há um encaixe correto entre elas para que seja formado uma estampa ou desenho em específico. Além disso, essa paginação também serve para casos em que são necessários recortes nas peças, para aplicação tanto no chão quanto nas paredes.
Pintura geral interna e externa
A depender do tipo de cômodo em que for realizado o acabamento das paredes, o cliente pode optar pela aplicação de pintura ou de revestimentos cerâmicos. A pintura é um procedimento mais fácil de ser feito, além de bastante versátil, já que o morador pode escolher uma ou várias cores e tonalidades para compor os diversos ambientes da casa.
Geralmente, o pintor aplica mais de uma demão de tinta, garantindo, dessa forma, que toda a parte do reboco cimentício seja coberta. Existe ainda a opção de aplicar massas para a produção de texturas nas paredes, trazendo um aspecto diferenciado para a superfície, a fim de destacá-la no cômodo.
Revestimento de forros
Utilizado para cobrir o teto dos cômodos e, assim, garantir um aspecto visual mais aconchegante a esses ambientes, o forro é o tipo de revestimento que pode consistir tanto em uma simples pintura quanto na aplicação de lâminas de madeira ou, ainda, de placas de PVC, que costumam ter um custo mais acessível.
Segundo Jéssica Moura, “outra excelente opção para o revestimento de forros é o gesso, que não só pode ser moldado ao gosto do cliente, como também ajuda a corrigir eventuais desnivelamentos ou imperfeições na superfície. Além disso, o gesso confere um aspecto mais suave ao forro, harmonizando perfeitamente com qualquer tipo de decoração”.
Uma tendência que tem se mostrado bastante recorrente no ramo da construção é o teto rebaixado com gesso, geralmente associado à execução de um projeto de iluminação, com pontos de luz embutidos, utilizados para destacar diferentes pontos e peças decorativas do cômodo.
Assentamento e colocação de louças e metais sanitários
Outra etapa essencial do acabamento em uma construção é a instalação das louças e metais sanitários — peças essenciais não só para a composição dos ambientes, mas também para garantir a funcionalidade dos diferentes cômodos da casa.
Em meio à infinidade de opções disponíveis no mercado, tanto de pias, vasos sanitários e tanques quanto de torneiras, chuveiros e toalheiros, o ideal é que o cliente opte por peças que conversem com o restante do ambiente, em especial com o revestimento utilizado no cômodo em questão, a fim de garantir uma boa harmonização com as cores e tonalidades já presentes no espaço.
Demais etapas de acabamento
As etapas que compõem o acabamento de uma construção ainda incluem procedimentos como: colocação de armários; instalação de vidros, caixilhos e esquadrias; passagem de fiação e finalização de instalações elétricas; e retoques de pisos e revestimentos de paredes. Todas essas atividades devem ser executadas com cuidado e atenção, a fim de evitar danos que possam comprometer o restante da obra ou provocar defeitos futuros, que possam exigir reparos posteriores.
Segundo explica a especialista da Sika, “durante a fase de acabamento, um erro muito comum que ocorre nas obras é a realização simultânea do revestimento de cômodos diferentes. O ideal é que o revestimento de cada cômodo seja executado separadamente, com foco especial para o banheiro e a cozinha, que são áreas onde a utilização de revestimentos é indispensável. Os demais cômodos devem ser realizados em seguida, conforme a prioridade de utilização. Ao colocar essa divisão em prática, tanto numa construção quanto numa reforma, o cliente consegue acompanhar o projeto com mais foco e atenção, podendo monitorar de perto a execução de cada etapa”.