Governo Federal e Estadual anunciam R$ 436 milhões em investimento histórico no litoral norte
Foto: Gustavo Rotta/Porto de SFS
Santa Catarina deu nesta semana um passo decisivo para sua consolidação como hub portuário nacional. O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o governador Jorginho Mello assinaram, em São Francisco do Sul, a ordem de serviço para a dragagem da Baía da Babitonga, no litoral norte catarinense. A obra tem como objetivo ampliar a competitividade dos portos do Estado e permitir a atracação de navios de maior porte, potencializando projetos logísticos como o Navepark — condomínio de alto padrão e eficiência, que já registra mais de 50% das unidades vendidas na segunda fase, recém-lançada em Navegantes.
Prevista para ser concluída no segundo semestre de 2026, a dragagem traz três marcos inéditos: a primeira Parceria Público-Privada (PPP) entre portos brasileiros, o maior engordamento de praia já realizado no país e o reaproveitamento inédito de sedimentos dragados em praias. “Queremos transformar Santa Catarina no novo hub portuário do país”, afirmou o ministro Silvio Costa Filho durante a cerimônia.
A iniciativa fortalece um mercado já em franca expansão: Santa Catarina concentra cinco portos entre os dez mais movimentados do Brasil (Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul, Imbituba e Itapoá). Somente em 2024, foram movimentadas mais de 50 milhões de toneladas de cargas, com destaque para produtos de alto valor agregado. A densidade portuária, aliada à malha rodoviária (BR-101 e BR-470) e ao Aeroporto Internacional de Navegantes, consolida o Estado como um polo natural de competitividade logística.
Solução para um gargalo estratégico
É nesse cenário que o Navepark se destaca. O condomínio logístico surgiu para atender à crescente demanda por infraestrutura integrada e de alto padrão. Localizado a menos de 15 minutos dos portos de Navegantes e Itajaí, e a apenas 2 km do aeroporto, o complexo reúne galpões modulares Triple A, tecnologia e flexibilidade para atender indústrias, operadores logísticos e empresas de e-commerce.
De acordo com a consultoria Cushman & Wakefield, empreendimentos como o Navepark, próximos a portos e aeroportos, podem reduzir em até 30% os custos operacionais. Essa eficiência explica o sucesso da expansão: na segunda fase, mais da metade das unidades já foi comercializada logo após o lançamento.
Para o CEO do Navepark, Thiago Cabral, o anúncio da dragagem representa um divisor de águas para o ecossistema logístico catarinense. “A obra reforça a vocação do Estado como polo portuário e abre novas perspectivas para empreendimentos como o Navepark. Com infraestrutura moderna e localização estratégica, estamos prontos para potencializar os ganhos que esse investimento histórico trará para a cadeia logística e para a economia regional”, destacou.
Investimento atrativo
Com alíquota reduzida de ISS (2%) e taxa de vacância de apenas 3% em Navegantes, o Navepark consolidou-se como um dos investimentos mais promissores do país. A expectativa é de uma rentabilidade média de 12,29% ao ano, podendo chegar a 27% quando somada à valorização imobiliária da região (15%).
O empreendimento atrai investidores de estados como São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, além de empresas dos setores de autopeças, químicos, etiquetas e materiais para a indústria alimentícia, interessadas tanto na compra quanto na locação de galpões.
Com o fortalecimento da infraestrutura pública e a consolidação de iniciativas privadas como o Navepark, Santa Catarina entra em um novo ciclo de desenvolvimento logístico, reafirmando sua posição entre os estados mais competitivos e internacionalizados do Brasil.







