A indústria da construção abriu 20.953 postos de trabalho com carteira assinada no país em junho de 2023, aumento de 0,82% em relação ao número de empregados no setor em maio. No primeiro semestre deste ano, foram 169.531 contratações (+7% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro). No acumulado de 12 meses até junho, a construção gerou 177.235 novos empregos (+7,34%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 157 mil empregos em junho. A construção gerou 13,3% desses empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 27 de julho, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que o aumento do emprego na construção ainda reflete o aquecimento da atividade, mas está havendo tendência de desaceleração do ritmo de crescimento, em função da diminuição do volume de lançamentos e da persistência dos juros elevados.
“É provável que mais adiante tenhamos novos lançamentos, especialmente no segmento da habitação popular, e em função de uma redução gradual dos juros, o que traz boas perspectivas para o emprego na construção a partir de 2024. Além disso, esperamos aumento dos postos de trabalho no segmento de infraestrutura, pelo crescimento de obras contratadas pelas prefeituras”, afirma Estefan.
Em junho, a construção foi o terceiro setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (+76.420 trabalhadores) e da agropecuária (+27.159), e na frente do comércio (+20.554) e da indústria (+12.117).
Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 346 novos empregos em junho – oscilação de 0,18% na comparação com o número de novos postos de trabalho com carteira assinada em maio. No primeiro semestre deste ano, foram 2.684 (+1,44% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até junho, foram 4.523 (+2,46%).
Estoque
Ao final de junho, a construção empregava 2.591.434 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
Por Estados
Das vagas abertas pela construção em junho, 1.870 situaram-se no Estado de São Paulo.
Além de São Paulo, as unidades da Federação em que o setor mais abriu novos empregos no mês foram: Minas Gerais (4.165), Pará (3.821), Ceará (2.403), Rio de Janeiro (1.676), Goiás (1.384), Maranhão (1.042), Mato Grosso (1.038) e Paraná (1.035). Alagoas, Bahia, Paraíba, Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Sul registraram quedas.